Conhecidos por nascerem por último, entre os 16 e 25 anos, os sisos podem vir onde não há espaço trazendo dor e correndo o risco de serem extraídos. Para piorar, há quem diga que quando eles chegam, são capazes de entortar os outros dentes da boca.
Acredite: isso tem dividido as opinões entre especialistas. Muitos acreditam que sim, os dentes do siso têm esse poder.
Alguns cirurgiões dentistas acreditam que, como o dente do siso é o último da arcada e normalmente tem pouco espaço para nascer, a força da sua erupção pode fazer com que os dentes vizinhos fiquem desalinhados e isso pode atrapalhar o tratamento com aparelho ortodôntico, causar cistos e problemas na gengiva.
Mas essa afirmação não é uma regra e nem tão pouco um consenso entre nós dentistas. Isso porque nem sempre o siso empurra os outros dentes e há ainda os casos nos quais eles nem chegam a nascer. No entanto, outros profissionais da área acreditam que esses entortamentos são mais uma série de coincidências do que propriamente culpa do pobre do dente do siso. E há estudos brasileiros e americanos que fortalecem essa questão. Esses mesmos estudos afirmam que pessoas queextraíram e não extraíram esses dentes mostram que certos apinhamentos ocorreriam do mesmo jeito. (Fonte colgate.com.br)
Há ainda outro fator que pode contribuir para essa coincidência: o estreitamento natural da face que acontece com o passar dos anos e que se inicia bem na época em que os sisos começam a nascer, diminuindo o espaço para os dentes se acomodarem tranquilamente.
A resposta para essa questão é tão complexa quanto todo o tema. A situação, seja ela qual for, precisa ser muito bem analisada pelo especialista. Há casos ortodônticos, por exemplo, em que é preciso mais espaço na boca para “puxar” os dentes, tornando a extração precoce do siso uma opção.
Mas o que se entende até agora é que há muita extração desnecessária do dente do siso apenas como forma de prevenção de apinhamentos. E como vimos, nem sempre são eles os culpados por isso. O ideal é um acompanhamento do quadro antes, durante e depois da sua erupção e só extraí-lo se, de fato, houver complicações como desalinhamento dental (onde são realmente eles os culpados), pericoronarite (infecção na gengiva), cáries e aparecimento de cistos.
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